A QUESTÃO DA CRIATIVIDADE NO CONTEXTO DA GESTÃO DA
QUALIDADE TOTAL
Laura Dionísia Do Monte Rodrigues
Centro Integrado De Ensino Superior Do Amazonas-Ciesa/Am
Valeska
Nahas Guimarães
Universidade Federal De Santa Catarina – Ufsc
E-mail:
[email protected], [email protected]
1.
Introdução
Considerando a celeridade dos acontecimentos que marcam este final de século, torna-se concreto
afirmar que na história da humanidade, não há registro de mudanças tão eloqüentes nas pessoas, nos valores, nos
costumes, na ciência, na tecnologia e nas organizações. Especificamente quanto ao cenário organizacional,
constata-se a feição de um “clima” de renovação e mudanças, que articulado à construção de novos paradigmas
organizacionais preconizam o resgate da valorização do potencial humano no trabalho e o advento da
criatividade, tudo isso aliado à uma perspectiva de melhoria da qualidade de vida.
Pondera-se, entretanto, que as contradições deste cenário evidenciam o incremento dos interesses
político-econômicos inerentes ao sistema centrado no mercado, uma vez que a realidade do mundo social
evidencia a erupção de colapsos nos diversos âmbitos da sociedade, com destaque para o incremento de um
desemprego estrutural (impulsionado pelos saltos tecnológicos), surtos de delinqüência social e violência
urbana, doenças psicossociais, como o
stress
e
depressão (frutos da angústia e alienação humana no trabalho),
além do acirramento das desigualdades sociais.
A configuração de um cenário de competição global tem provocado uma situação de constante pressão
no ambiente organizacional quanto às exigências por maiores padrões e competitividade (qualidade,
flexibilidade e inovação), intensificando o processo de reestruturação produtiva através da adoção de inovações
tecnológicas e organizacionais.
No Brasil, a abertura da economia ao mercado internacional no início da década de 90, irrompeu um
processo de modernização acelerada, de forma que as empresas brasileiras viram-se obrigadas a competir com o
mercado externo, em um curto espaço de tempo. Aliado a demais fatores, a recepção entusiástica às novas
propostas gerenciais advém da cultura gerencial brasileira que, tradicionalmente, favorece a importação e
adoção de modelos e filosofias gerenciais, ditas libertadoras das práticas do passado (princípios
taylorista/fordistas de produção e organização do trabalho), como uma estratégia para obter maiores ganhos de
qualidade e produtividade em momentos de crise e turbulência.
À frente deste processo, o “modelo” japonês e especificamente o TQC (Total Quality Control - Controle
da Qualidade Total), consagra-se como uma “revolução na administração”(DEMING, 1990), intitulando-se
filosofia gerencial inovadora, através de um “pensar pelo avesso” (CORIAT, 1994) ao sistema tradicional de
organização. Desde então, fala-se em estruturas organizacionais “flexíveis”, sistemas autogeridos e
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- Spring '09
- FAGA
- The Land, Santa Catarina, qualidade total
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