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Unformatted text preview: A PARCERIA
Cinquenta Grupos de Cinza KEEP
CALM
AND GO
TO THE PLAYROOM. Apresenta:
2 EQUIPE DA PARCERIA
PEGASUS LANÇAMENTOS
TRADUÇÃO
Ady Miranda, Rute, Partenope, Silvia, Sandra P.
REVISÃO INICIAL
Soryu PRT
TRADUÇÃO
Miriam e Dani C. TAD
TRADUÇÃO
Serena, Pâmela e Gaby
REVISÃO FINAL
Elena Somerhalder 3 4 Sinopse
Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian
Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente
dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a
despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por
ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente
de Ana, Grey admite que também a deseja — mas em seus próprios termos.
Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de
Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso — os negócios
multinacionais, a vasta fortuna, a amada família —, Grey é um homem
atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de
controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor,
Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre
os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos… 5 6 Capítulo 01
Para Niall,
O mestre do universo Eu olho com frustração para mim mesma no espelho. Maldito cabelo,
ele simplesmente não se comporta, e maldita Katherine Kavanagh por estar
doente e me sujeitar a esta provação. Eu devia estar estudando para meus
exames finais, que será na semana que vem, mas estou aqui tentando
escovar meus cabelos até que eles se submetam. Eu não devo dormir com
ele molhado. Eu não devo dormir com ele molhado. Recitando esta ladainha
várias vezes, eu tento, mais uma vez, deixa-los sob controle com a escova.
Eu reviro meus olhos em exasperação e olho para a pálida menina de
cabelos castanhos com olhos azuis muito grandes para seu rosto, olhando
fixamente de volta para mim, e desisto. Minha única opção é conter meu
cabelo rebelde em um rabo-de-cavalo e esperar que eu pareça meio
apresentável.
Kate é minha companheira de quarto, e ela escolheu justamente
hoje para sucumbir à gripe.
Então, ela não podia comparecer a entrevista que ela agendou,
com algum magnata mega industrial que eu nunca ouvi falar, para o jornal
estudantil. Então eu tive que me voluntariar. Eu tenho exames finais para
estudar, uma redação para terminar, e eu devia estar trabalhando esta
tarde, mas não, hoje eu tenho que dirigir duzentos e sessenta e cinco
quilômetros para o centro de Seattle a fim de encontrar o enigmático CEO1
da Grey Enterprises Holdings Inc. Como um empresário excepcional e
benfeitor
importante
de
nossa
Universidade,
seu
tempo
é
extraordinariamente precioso, muito mais precioso que o meu, mas, ele
concedeu a Kate uma entrevista. Um verdadeiro golpe de sorte, ela me disse.
Maldita atividades extracurriculares dela.
Kate está encolhida no sofá na sala de estar.
— Ana, eu sinto muito. Demorei nove meses para conseguir esta
entrevista. Levará outros seis para reagendar, e nós duas vamos estar
formadas até lá. Como editora, eu não posso estragar isto. Por favor, — Kate
me implora em sua voz rouca, de garganta inflamada. Como ela faz isto?
Mesmo doente ela parecia atrevida e magnífica, com cabelos ruivos dourados 1 7 CEO – no original - Chief Executive Officer – Diretor Executivo 8 e olhos verdes brilhantes, embora agora avermelhados e com coriza nasal.
Eu ignoro minha pontada de simpatia indesejada.
— Claro que eu vou Kate. Você deve voltar para a cama. Você gostaria
de um pouco de Nyquil ou Tylenol? 2
— Nyquil, por favor. Aqui estão às perguntas e meu mini-gravador.
Apenas aperte gravar aqui. Faça anotações e eu transcreverei tudo.
— Eu não sei nada sobre ele, — eu murmuro, tentando e falhando
em suprimir meu pânico crescente.
— As perguntas virão ao seu encontro. Vá. É uma longa viagem. Eu
não quero que você se atrase.
— Ok, eu estou indo. Volte para a cama. Eu fiz uma sopa para você
aquecer mais tarde. — Eu olho para ela ternamente. Só por você, Kate, eu
farei isto.
— Eu sei. Boa sorte. E obrigado Ana, como sempre, você é minha
salvadora.
Juntando minha mochila, eu sorrio ironicamente para ela, então me
dirijo porta afora para o carro. Eu não posso acreditar que eu deixei Kate me
convencer disto. Entretanto, Kate pode convencer qualquer um de qualquer
coisa.
Ela vai ser uma jornalista excepcional. Ela é articulada, forte,
persuasiva, argumentativa, bonita e ela é minha mais querida, querida
amiga.
As estradas estão limpas quando eu parto de Vancouver, com acesso
a Washington em direção a Portland e a I-5. É cedo, e eu não tenho que
estar em Seattle até às duas da tarde. Felizmente, Kate me emprestou seu
desportivo Mercedes CLK. Eu não tenho certeza se Wanda, meu velho
besouro VW, faria a jornada a tempo. Oh, o Merc. é uma diversão de dirigir,
e as milhas escapam quando eu piso no pedal até o fundo.
Meu destino é a sede global da empresa do Sr. Grey. É um edifício
comercial enorme de vinte andares, todo em vidro curvo e aço, uma
estrutura arquitetônica fantástica, com Grey House3 escrito discretamente
em aço acima das portas de vidro dianteiras. É uma e quarenta e cinco
quando eu chego, estou tão aliviada de não estar atrasada quando eu entro
na enorme, e francamente intimidante portaria de vidro e aço, em arenito
branco.
Atrás do balcão de arenito sólido, uma muito atraente, adestrada,
jovem loira sorri agradavelmente para mim. Ela está vestindo um terninho
carvão e camisa branca, mais elegante que eu já vi. Ela parece imaculada.
— Eu estou aqui para ver o Sr. Grey. Anastásia Steele por Katherine
Kavanagh. — Com licença um momento, Senhorita Steele. — Ela arqueia sua
sobrancelha ligeiramente quando eu permaneço conscientemente diante
dela. Eu começo a desejar que eu ter pegado emprestado um dos blazers
formais de Kate em lugar de vestir minha jaqueta azul marinho. Eu fiz um
esforço e vesti minha única saia, minhas comportadas botas marrons até os
joelhos e um suéter azul. Para mim, isto é inteligente. Eu enfio um dos
fugitivos tentáculos de meus cabelos para trás de minha orelha enquanto eu
finjo que ela não me intimida.
— Senhorita Kavanagh é esperada. Por favor, registre-se aqui,
Senhorita Steele. Você irá até o último elevador à direita, pressione para o
vigésimo andar. — Ela sorri amavelmente para mim, divertida, sem dúvida,
quando eu me registro.
Ela me dá um crachá de segurança que tem VISITANTE muito
firmemente estampado na frente. Eu não posso evitar meu sorriso.
Certamente é óbvio que eu estou só de visita. Eu não encaixo aqui mesmo.
Nada muda, eu interiormente suspiro. Agradecendo a ela, eu
caminho para o banco de elevadores passando os dois homens da segurança
que estão muito mais bem vestidos do que eu estou, em seus ternos pretos
bem cortados.
O elevador me leva rapidamente com máxima velocidade para o
vigésimo andar. As portas deslizam abrindo, e eu estou em outra grande
entrada, mais uma vez toda em vidro, aço e arenito branco. Eu sou
confrontada por outra mesa de arenito e outra jovem loira vestida
impecavelmente em preto e branco, que levanta para me saudar.
— Senhorita Steele, você poderia esperar aqui, por favor? — Ela
aponta para uma área acomodada por cadeiras de couro branco.
Atrás das cadeiras de couro está uma espaçosa sala de reunião
envidraçada, cercada por uma mesa de madeira escura, igualmente
espaçosa e pelo menos vinte cadeiras harmonizadas ao redor dela. Além
disto, tinha uma janela do chão ao teto com uma visão do horizonte de
Seattle, que mostrava a cidade em direção ao Sound.4 É uma vista
deslumbrante, e eu fico momentaneamente paralisada pela visão. Uau.
Eu me sento, pesco as perguntas de minha mochila, e dou uma
repassada nelas, amaldiçoando interiormente Kate por não me fornecer uma
breve biografia. Eu não conheço nada sobre este homem que estou para
entrevistar. Ele pode ter noventa anos ou pode ter trinta. A incerteza está me
irritando, e meus nervos ressurgem, fazendo com que eu fique incomodada.
Eu nunca fico confortável com uma entrevista em pessoa, preferindo o
anonimato de uma discussão de grupo onde eu posso me sentar
imperceptivelmente na parte de trás da sala. Para ser honesta, eu prefiro
minha própria companhia, lendo um romance clássico britânico, enrolada 2 Marcas de remédios para resfriado 4 3 Casa Grey grande conexão para o Estreito de Juan de Fuca e do Oceano Pacífico. 9 Puget Sound É um complexo estuário em Seattle com sistema de canais e bacias marinhas interligados, com uma 10 em uma cadeira na biblioteca do campus. Não sentada se contorcendo
nervosamente em um colossal edifício de vidro e pedra.
Eu reviro meus olhos para mim mesma. Mantenha o controle, Steele.
A julgar pelo edifício, que é muito clínico e moderno, eu imagino que Grey
está em seus quarenta: em forma, bronzeado, e de cabelos loiros para
combinar com o resto do pessoal.
Outra elegante, impecavelmente vestida loira sai de uma grande porta
à direita. O que é isso tudo com as loiras imaculadas? É como Stepford5
aqui. Respirando fundo, eu me levanto. — Senhorita Steele? — A mais
recente loira pergunta.
— Sim, — eu coaxo, e clareio minha garganta. — Sim. — Agora, isto
soou mais confiante.
— O Sr. Grey irá recebê-la em um momento. Eu posso pegar seu
casaco?
— Oh, por favor. — Eu luto para tirar a jaqueta.
— Já foi oferecido a você alguma bebida?
— Hum, não. — Oh Deus, a Loira Número Um está em problemas?
A Loira Número Dois franziu o cenho e olhou a jovem na
escrivaninha.
— Você gostaria de um chá, café, água? — Ela pergunta, voltando
sua atenção para mim.
— Um copo de água. Obrigada, — eu murmuro.
— Olivia, por favor, vá buscar para Senhorita Steele um copo de
água. — A voz dela é grave. Olivia foge imediatamente e se apressa para uma
porta no outro lado do saguão.
— Minhas desculpas, Senhorita Steele, Olivia é nossa nova estagiária.
Por favor, sente-se. O Sr. Grey levará mais cinco minutos.
Olivia retorna com um copo de água gelada.
— Aqui está, Senhorita Steele.
— Obrigada.
A Loira Número Dois marcha para a grande escrivaninha, seus saltos
clicando e ecoando no chão de arenito. Ela se senta, e ambas continuam seu
trabalho.
Talvez o Sr. Grey insista que todos os seus empregados sejam loiros.
Eu me pergunto ociosamente se isto é legal, quando a porta do escritório
abre e um alto, elegantemente vestido, atraente homem Afro-Americano com
curtos dreads sai. Eu definitivamente vesti as roupas erradas.
Ele se vira e diz pela porta. — Golfe, esta semana, Grey. 5 Eu não ouço a resposta. Ele vira-se, me vê, e sorri, seus olhos
escuros enrugando nos cantos. Olivia salta e chama o elevador. Ela parece
se destacar em pular de sua cadeira. Ela está mais nervosa que eu!
— Boa tarde, senhoras, — ele diz enquanto parte pela porta
deslizante.
— O Sr. Grey verá você agora, Senhorita Steele. Siga-me, — A Loira
Numero Dois diz.
Eu estou bastante tremula tentando suprimir meus nervos. Juntando
minha mochila, eu abandono meu copo de água e faço meu caminho para a
porta parcialmente aberta.
— Você não precisa bater, apenas entre. — Ela amavelmente sorri.
Eu empurro a porta aberta e cambaleio, tropeçando em meus
próprios pés, e caio de cabeça dentro do escritório.
Merda dupla: eu e meus dois pés esquerdos! Eu estou em minhas
mãos e de joelhos na porta de entrada do escritório do Sr. Grey, e mãos
gentis estão ao meu redor me ajudando a levantar. Eu estou tão
envergonhada, maldita falta de jeito. Eu tenho que lançar meu olhar para
cima. Puta que pariu, ele é tão jovem.
— Senhorita Kavanagh. — Ele estende uma mão com longos dedos
para mim, uma vez que eu fico de pé. — Eu sou Christian Grey. Você está
bem? Você gostaria de se sentar?
Tão jovem, e atraente, muito atraente. Ele é alto, vestido em um fino
terno cinza, camisa branca e gravata preta, com incontroláveis cabelos cor
de cobre e intensos, luminosos olhos cinza claro que me observam
astutamente. Leva um momento para eu encontrar minha voz.
— Hum hum. Perfeitamente — eu murmuro. Se este cara está
acima dos trinta então eu sou o tio Macaco.6 Em uma confusão, eu coloco
minha mão na dele e nós levamos um choque. Quando nossos dedos se
tocam, eu sinto um estimulante e estranho calafrio, correndo através de
mim. Eu retiro minha mão apressadamente, envergonhada. Deve ser
estática. Eu pisco rapidamente, minhas pálpebras harmonizando minha
frequência cardíaca.
— A Senhorita Kavanagh está indisposta, então ela me enviou. Eu
espero que você não se importe, Sr. Grey.
— E você é? — Sua voz é morna, possivelmente divertida, mas é
difícil dizer por sua expressão impassível. Ele parece ligeiramente
interessado, mas acima de tudo, educado.
— Anastásia Steele. Eu estudo Literatura inglesa com Kate, hum…
Katherine… hum… Senhorita Kavanagh do Estado de Washington. The Stepford Wives (Mulheres Perfeitas ou As Possuídas, disponível no mercado literário brasileiro com ambos os títulos) é um romance de 1972 escrito por Ira Levin, baseados no qual foram lançados dois filmes homônimos:
em 1975 e em 2004. 6 Expressão idiomática que se refere a uma expressão de um filme americano, quando você fica muito surpreso 11 12 — Entendo, — ele simplesmente diz. Eu penso ver um fantasma de
um sorriso em sua expressão, mas eu não estou certa. — Você gostaria de se
sentar? — Ele acena em direção a um sofá de couro branco em forma de L.
Seu escritório é muito grande para um homem só. Na frente das
janelas que vão do chão ao teto, há uma enorme escrivaninha moderna de
madeira escura, que seis pessoas poderiam comer confortavelmente ao
redor. Combinando a mesa de café com o sofá. Todo o resto é branco, teto,
pisos e paredes, exceto, a parede perto da porta, onde estava um mosaico
pendurado de pequenas pinturas, trinta e seis delas dispostas em um
quadrado. Elas são primorosas, uma série de objetos mundanos esquecidos,
pintados com tal detalhe preciso que eles parecem com fotografias. Exibidos
juntos, eles são de tirar o fôlego.
— Um artista local. Trouton, — Grey diz quando ele pega meu olhar.
— Elas são adoráveis. Elevando o ordinário para o extraordinário, —
eu murmuro distraída, tanto por ele como pelas pinturas. Ele vira sua
cabeça para um lado e me fixa atentamente.
— Eu concordo plenamente, Senhorita Steele, — ele responde, sua
voz suave e por alguma razão inexplicável eu me encontro corando.
Além das pinturas, o resto do escritório era frio, limpo e clínico. Eu
me pergunto se isto reflete a personalidade do Adônis, que afunda
graciosamente em uma das cadeiras de couro branco á minha frente. Eu
agito minha cabeça, transtornada com a direção de meus pensamentos, e
recupero as perguntas de Kate da minha mochila. Em seguida, eu instalo o
mini gravador e sou toda dedos e polegares, o deixando cair uma segunda
vez na mesa de café à minha frente. O Sr. Grey não diz nada, esperando
pacientemente “eu espero” enquanto eu me torno cada vez mais
envergonhada e frustrada. Quando eu tomo coragem para olhá-lo, ele está
me observando, uma mão relaxada em seu colo e a outra embaixo de seu
queixo e arrastando o seu longo dedo indicador através de seus lábios. Eu
acho que ele está tentando conter um sorriso.
— Desculpe-me, — eu gaguejo. — Eu não estou acostumada a isto.
— Leve o tempo que você precisar, Senhorita Steele, — ele diz.
— Você se importa se eu gravar suas respostas?
— Depois que você teve tantas dificuldades para instalar o gravador,
agora que você me pergunta?
Eu coro. Ele está tirando sarro de mim? Eu espero. Eu pisco para ele,
sem saber o que dizer, e acho que ele fica com pena de mim porque ele cede.
— Não, eu não me importo.
— Será que Kate, eu quero dizer, a Senhorita Kavanagh, explicou
para o que é a entrevista?
— Sim. Para aparecer na edição de graduação do jornal estudantil
quando eu outorgar o diploma na cerimônia de graduação deste ano. Oh!
Isto é novidade para mim, e eu estou temporariamente
preocupada pelo pensamento de que alguém não muito mais velho do que
eu, Ok, talvez uns seis anos mais ou menos, e ok, mega- bem sucedido, mas,
ainda assim, vai me apresentar em minha licenciatura. Eu franzo a testa,
arrastando minha teimosa atenção de volta à tarefa à mão.
— Bem, — eu engulo nervosamente. — Eu tenho algumas perguntas,
Sr. Grey. — Eu aliso um cacho perdido de cabelo atrás de minha orelha.
— Eu achei que você teria, — ele diz, impassível. Ele está rindo de
mim. Minhas bochechas esquentam com a percepção, e eu me sento reta e
enquadro meus ombros em uma tentativa de parecer mais alta e mais
intimidante. Apertando o botão iniciar do gravador, eu tento parecer
profissional.
— Você é muito jovem para ter acumulado tal império. Há que você
deve seu sucesso? — Eu olho para ele. Seu sorriso é arrependido, mas ele
parece vagamente desapontado.
— Negócios é tudo sobre pessoas, Senhorita Steele e eu sou muito
bom em julgar as pessoas. Eu sei como elas marcam, o que as faz florescer,
o que não faz, o que as inspira, e como incentivá-las. Eu emprego um time
excepcional, e eu os recompenso bem. — Ele pausa e me fixa com seu olhar
cinza. — Minha convicção é de alcançar o sucesso em qualquer esquema,
alguém tem que se fazer mestre deste esquema, conhecê-lo de dentro para
fora, saber todos os detalhes. Eu trabalho duro, muito duro para fazer isto.
Eu tomo decisões baseadas em lógica e fatos. Eu tenho um instinto natural
que pode localizar e nutrir uma boa ideia sólida e boas pessoas. O resultado
final é sempre estabelecido para as boas pessoas.
— Talvez você seja apenas sortudo. — Isto não está na lista de Kate,
mas ele é tão arrogante. Seus olhos chamejam momentaneamente em
surpresa.
— Eu não acredito em sorte ou azar, Senhorita Steele. Quanto mais
duro eu trabalho mais sorte eu pareço ter. Realmente é tudo sobre ter as
pessoas certas em seu time e dirigindo suas energias neste sentido. Eu acho
que foi Harvey Firestone quem disse “o crescimento e desenvolvimento das
pessoas é a maior vocação de liderança.
— Você soa como um maníaco por controle. — As palavras saíram de
minha boca antes que eu possa detê-las.
— Oh, eu exerço controle em todas as coisas, Senhorita Steele, — ele
diz sem rastro de humor em seu sorriso. Eu olho para ele, e ele segura o
meu olhar continuamente, impassível. Meu batimento cardíaco acelera, e
meu rosto fica corado novamente.
Por que ele tem tal efeito irritante sobre mim? Sua beleza opressiva
talvez? O modo como seus olhos brilham para mim? O modo como ele
acaricia com o dedo indicador seu lábio inferior? Eu gostaria que ele parasse
de fazer isto. 13 14 — Além disso, o imenso poder é adquirido assegurando-se em seus
devaneios secretos, que você nasceu para controlar as coisas, — ele
continua, sua voz suave.
— Você sente que tem imenso poder? — Maníaco por controle.
— Eu emprego mais de quarenta mil pessoas, Senhorita Steele. Isso
me dá certo sentido de responsabilidade.... poder, se assim prefere. Se
decidisse que já não me interesso mais pelos negócios de telecomunicações e
vendesse tudo, vinte mil pessoas teriam grandes dificuldades em pagar suas
hipotecas no final do mês então.
Minha boca abriu. Eu estou espantada pela sua falta de humildade.
— Você não tem um conselho ao qual responder? — Eu pergunto,
repugnada.
— Eu possuo a minha empresa. Eu não tenho que responder para
um conselho. — Ele levanta uma sobrancelha para mim.
Eu ruborizo. Claro, eu saberia disto se eu tivesse feito alguma
pesquisa. Mas puta merda, ele é tão arrogante. Eu mudo de rumo.
— E você tem algum interesse fora de seu trabalho?
— Eu tenho interesses variados, Senhorita Steele. — A sombra de um
sorriso toca seus lábios. — Muito variado. — E por alguma razão, eu estou
confusa e inflamada por seu olhar firme. Seus olhos estão iluminados com
algum pensamento mau.
— Mas se você trabalha tão duro, o que você faz para relaxar?
— Relaxar? — Ele sorri, revelando dentes brancos perfeitos.
Eu paro de respirar. Ele realmente é lindo. Ninguém devia ser tão
bonito.
— Bem, para “relaxar” como você diz, eu velejo, eu vôo, eu desfruto
de várias atividades físicas.
Ele desloca-se em sua cadeira. — Eu sou um homem muito rico,
Senhorita Stee...
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- Fall '19
- Dedo, JANELA, CORAÇÃO, Pensamento, Virtude